quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A Arte de Ensinar

Eu sumi do blog, fato. O motivo? Eletromagnetismo, claro.

Não é novidade que eu amaldiçôo o dia infeliz em que eu me inscrevi na porra do curso de verão e que eu me pergunto o porquê de meu computador não ter explodido aquele dia ou ainda porque justo nesse dia, a porra do Speedy que sempre ta com problemas estava funcionando. É... o mundo conspirou contra a minha pessoa naquele dia. Enfim...

Essa semana mudou o professor. Agora sim as aulas estão interessantes e eu consegui lembrar porque eu sempre disse que gosto de Eletromagnetismo.

De fato, por trás de todos os rotacionais de mi-zero sobre quatro pi vezes a integral sob um volume fechado (linha) da densidade de corrente sobre o módulo da diferença entre os vetores r e r', existe uma beleza (além de um campo magnético, claro).

Eu admito que só me dei conta disso graças ao novo professor. O cara ta começando, ainda ta no doutorado, veio de lá do norte, e manda bem melhor que muito titular do departamento. Foda.

Isso me fez pensar sobre a arte de ser professor.

Ser professor não se resume apenas a ensinar o povo a girar manivela e apertar botão. Enquanto muitos chegam enchendo o quadro de fórmulas gigantes, com um sorriso no canto da boca dizendo que tudo aquilo é trivial e é fácil notar que a = b, são poucos que realmente te motivam a estudar. Por mais que seja foda. Por mais que seja desmotivador, triste... surreal. Enfim, por mais que seja Eletromag.

Isso me lembra uma frase que um professor usou no semestre passado:

"Não se pode ensinar alguma coisa a alguém,pode-se apenas auxiliar a descobrir por si mesmo"

(Armand Hippolyte Louis Fizeau).

Bonito né? Pena que ele não seguiu isso, até porque ondulatória é um saco.


Mas no fundo é verdade. Se você não tá afim de estudar, não tem que consiga fazer você mudar de idéia. E claro, azar o seu....

Aliás, acho que a melhor parte é quando você vê os resultados, um aluno formado, trabalhando e usando (ou não, na maioria das vezes) a base de conhecimento que você deu a ele. Deve ser no mínimo gratificante.


Vejam bem... lá na academia eu podia muito bem ser deixado de lado, afinal tenho tudo para ser visto como "o gordinho com crise de identidade e que não dura uma semana". Mas não, como o cara lá é um bom professor tá sempre no meu pé, vendo se eu estou fazendo os movimentos corretamente e me cobrando resultados. Fato, hoje depois de quase três semanas escutei o primeiro "Nossa, você emagreceu". Claro, porque o treinador é um bom professor.

E olha que o cara tem paciência porque eu não sei o que faria no lugar dele se, enquanto eu quisesse paquerar as meninas "bonitas" (para manter o nível e não falar outra coisa) tivesse um cara no meu pé de cinco em cinco minutos perguntando sobre qual exercício fazer e como fazer (deixando claro que eu já estou parando de fazer isso... ).

Enfim... eu poderia escrever bem mais sobre o a arte de ensinar, o quanto interessante e gratificante deve ser ensinar.

E com todo esse devaneio me deu um luz sobre o que fazer da minha vida no futuro:

Eu decidi....

NÃO VOU SER PROFESSOR NEM FUDENDO.

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